Endoscopia
A endoscopia digestiva alta tem esse nome porque analisa a parte superior do tubo digestivo, incluindo esôfago, estômago e a porção inicial do duodeno. É um dos exames mais comuns e eficazes para identificar — e às vezes até tratar — doenças do aparelho digestivo.
Para que serve a Endoscopia?
A endoscopia é capaz de identificar sinais de uma série de doenças muito comuns do trato digestivo, como gastrites, esofagites e refluxo gastroesofágico, além de ajudar no diagnóstico de doenças mais graves, como hérnia de hiato e câncer de estômago.
Quando e quem deve fazer a Endoscopia?
Indivíduos com queixas como azia, queimação, falta de apetite, sensação de estufamento e perda de peso que persistem por mais de uma semana podem ter indicação para fazer o exame.
A endoscopia também pode ser indicada como forma de detectar tumores precocemente, em especial os de esôfago e de estômago. De acordo com fatores de risco (como esôfago de Barrett ou presença de casos de câncer gástrico na família, por exemplo), o oncologista pode indicar a realização do exame com determinada frequência.
Como é feita a endoscopia?
O exame às vezes desperta algum temor nos pacientes por conta da sedação que é utilizada, mas é importante destacar que ela é administrada na veia e tem efeito pontual, dura somente o tempo do exame (cerca de 15 minutos). Durante todo o período, a oxigenação e a frequência cardíaca são monitoradas.
Após a anestesia, o médico endoscopista introduz o endoscópio, um tubo flexível com uma câmera e iluminação na ponta, pela garganta. O instrumento traz em um monitor imagens em tempo real do aparelho digestivo do paciente. Do início ao fim, o indivíduo recebe monitoramento cardíaco e fica conectado a uma fonte de oxigênio. Enquanto o especialista conduz o endoscópio pelo trato digestivo, ele analisa as condições dos tecidos, tira fotos para análise posterior e pode inclusive remover, com o próprio endoscópio, pólipos ou material para biópsia, caso note algo que mereça investigação.
ORIENTAÇÕES PARA O PREPARO DO EXAME VIDEOENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA
A Endoscopia Digestiva Alta (EDA) é um procedimento que permite a visualização do esôfago, estômago e duodeno através de um aparelho chamado endoscópio. É um procedimento diagnóstico e algumas vezes terapêutico. O paciente receberá um spray anestésico na orofaringe para redução do reflexo de vômito e será colocado um bocal entre os dentes para manter a boca aberta durante o exame. Posteriormente o paciente será posicionado na maca e em seguida é realizado um acesso venoso para administração das medicações para sedação, que podem causar redução dos reflexos, porém sem ocasionar prejuízo grave à respiração. O paciente estará o tempo todo com sinais vitais monitorados e sob os cuidados do médico. Serão realizadas biópsias da mucosa gástrica para a pesquisa da bactéria H. pylori e poderão ser realizadas polipectomias (retiradas de pólipos) e/ou biópsias do esôfago e duodeno durante o exame, caso seja necessário. Os materiais serão enviados ao laboratório para análise histopatológica. Após o exame, o paciente aguardará na sala de recuperação e poderá ser liberado, assim que estiver completamente acordado e em condições de andar. O exame geralmente é seguro e não causa dor. As complicações são raras, porém pode ocorrer sangramento, normalmente mínimo, após a biópsia ou retirada de um pólipo.
PREPARO:
1. O (A) paciente deverá comparecer na clínica no mínimo 30 min antes do horário marcado do exame para
que seja providenciada a autorização das guias junto ao plano de saúde.
2. O (A) paciente deve fazer jejum absoluto de no mínimo 8 horas, evitando, inclusive a ingestão de água 3
horas antes do exame. O estômago do paciente deve estar vazio no dia do exame.
3. Na noite anterior ao exame, fazer uma refeição leve. Evitar leite.
4. Recomenda-se ao paciente portador de diabetes mellitus um jejum de 12 horas. Seguir uma dieta líquida 48
a 72 horas antes do exame. Se fizer uso de medicação oral para o diabetes, a dose matinal NÃO deve ser
feita. Para os diabéticos que usam insulina, administrar a insulina APENAS APÓS o exame.
5. O (A) paciente deverá trazer laudos de exames prévios no dia do exame, caso tenha, e entregá-los à técnica.
6. O (A) paciente deve informar ao médico sobre suas doenças : hipertensão arterial sistêmica, coronariopatias
(angina, infarto agudo do miocárdio, se fez cirurgia de revascularização, colocação de stent nas
coronárias..), insuficiência renal crônica dialítica, diabetes mellitus insulinodependente e outras doenças
crônicas.
7. Caso o (a) paciente faça uso regular de anti-inflamatórios não hormonais tais como: Diclofenaco
(Cataflam®, Voltaren®, Tandrilax®) Nimesulida (Nisulid®), Ibuprofeno (Alivium®), Piroxicam
(Inflamene®, Feldene®), Celecoxibe (Celebra®), deve suspender por 07 (sete) dias antes do exame.
8. Caso o paciente faça uso de medicações antiagregantes plaquetários e anticoagulantes tais como AAS/Ácido
Acetil Salicílico (Aspirina®, Somalgin® / Somalgin Cardio® Bufferin®, Bufferin Cardio®), ticlopidina
(Ticlid®), clopidogrel (Plavix®), Rivaroxabana (Xarelto®), Ginkgo biloba, Varfarina (Marevan ®),
Heparina (Clexane®), recomendamos consulta prévia com médico assistente que as prescreveu para
avaliação e, se possível, suspensão por pelo menos 07 (sete)dias antes do exame. Tais medicações podem
interferir no mecanismo de coagulação e caso haja necessidade de realização de biópsias no duodeno ou
retirada de pólipos, poderá haver sangramentos anormais, se não suspensão.
9. Recomenda-se a suspensão de medicações protetores gástricos tais como: omperazol, pantoprazol,
lanzoprazol, deslanzoprazol, esomeprazol, rabeprazol ( Iniparet ®, Adipept ®, Dexilant®, Nexium®,
Pantocal® , Tecta ® ) e similares por 14 dias ou conforme a orientação médica.
10. Não se recomenda a realização do exame em pacientes gestantes. Só é indicado se os riscos forem
considerados menores que os potenciais benefícios, após consulta com médico assistente.
11. A paciente que estiver amamentando deverá informar ao médico, pois algumas medicações utilizadas na
sedação não podem ser utilizadas. Após a realização do exame, recomenda-se que o leite seja retirado após
4 a 6 horas da realização do exame e descartado. Depois disso a amamentação pode ser realizada sem riscos
ao bebê.
12. O (A) paciente deve evitar o uso de calçados de salto alto e esmaltes escuros no dia do exame.
13. No dia do exame retirar brincos, relógio, pulseiras, anéis, colares, piercing metálico, óculos, dentadura,
carteira, bolsa e demais pertences. Os pertences devem ser entregues ao acompanhante.
14. Após a realização do exame, o paciente ficará na sala de repouso até a completa recuperação. O laudo
médico será entregue logo após o exame.
15. Não será permitido o registro de imagens na sala de recuperação com celulares e/ou câmeras fotográficas,
para que seja preservada a privacidade dos pacientes.
16. A dieta poderá ser liberada se paciente já acordado e com completa recuperação.
17. Recomenda-se não dirigir veículos e nem realizar atividades que demandem atenção, tais como prática de
atividades físicas, cuidar de criança e idoso, assinar documentos, operar máquinas e/ou ferramentas nas 12h
seguintes à realização do exame. Os medicamentos utilizados na sedação poderão causar sonolência e
redução dos reflexos.
18. Não ingerir qualquer tipo de bebida alcoólica nas 12h após o exame, pelo risco de potencialização dos
efeitos da sedação.
19. Não recomendamos o transporte do paciente após o procedimento e liberação da clínica em veículos do tipo
motocicletas ou bicicletas, sob o risco de acidentes graves.
20. Forneceremos o atestado médico do dia para o paciente e acompanhante, mediante solicitação.
21. É imprescindível o paciente vir com acompanhante maior de 18 anos e em boas condições de saúde física e
mental.
22. Na impossibilidade de comparecer para realização do exame, por favor, desmarque-o com
antecedência mínima de 48 horas.